É possível observar que muitas pessoas mudam o comportamento quando entram nas empresas, talvez, por sobrevivência ou por dissimulação, mesmo. Mas o que fazer quando se chega no momento de uma DR (discussão de relação) no trabalho?
Certas situações como briga por status, defesa de equipe, recomposição de orçamento e aprovação de projetos são motivos suficientes para despertar as diferenças dentre colegas de trabalho, ainda mais se as pessoas não souberem ter inteligência emocional para separar o pessoal do profissional.
DR é sempre uma conciliação, um caminho de chegar junto. Separar os fatos das pessoas funciona bem teoricamente, mas na prática nem sempre é assim que acontece. Autocontrole ajuda muito e só funciona para alguém com disposição para ser um bom observador de si mesmo. Envolve o reconhecimento e gerenciamento das emoções e não sua negação. É imprescindível saber tratar de assuntos delicados e que envolvem nosso relacionamento com os outros.
Procurar culpados não resolve o problema, pelo contrário, agrava-o e aí caímos na cilada de uma conversa de ataques, onde os dois lados trocam farpas em uma discussão de surdos, onde não se chega a lugar algum.
Mas, como eu evito desgastar energia durante uma DR?
Devemos simplificar a vida e a convivência destacando em uma conversa somente o necessário, ganhando tempo para pautas relevantes que, com certeza, contribuirão para os objetivos da empresa.
Prestar atenção nas consequências de nossas atitudes ajuda a minimizar conflitos com os outros.
Para uma DR "positiva", temos algumas dicas:
- Escolha o melhor momento para a DR, seu e do outro. Sinta o clima, o local e sua real predisposição;
- Separe as pessoas do problema. Antes e individualmente faça uma análise retroativa e veja o que deu errado; muitas vezes percebemos preconceitos, rótulos, diferenças pessoais;
- Seja franco e objetivo, sem perder “a ternura”. Firmeza é diferente de autoritarismo, cuide das palavras: “eu quero” é diferente de “eu sugiro”;
- Postura corporal receptiva é fundamental. Braços cruzados e cara fechada serão reconhecidos como ameaça, muitos vezes, de modo inconsciente;
- Seja coerente. O cérebro capta quando não estamos sendo sinceros através de um grupo de neurônios chamado de neurônios-espelho.
Luis Batista
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